Publicitario pq pensa palavra como gesto eficiente para produzir determinada ação que fecha tudo: invisto dinheiro para me desinvestir de um encontro possível. Por que a propaganda tem que ser no sentido negativo: "O dia bonito que eu NÃO vejo". Gesto que produz culpa nos passantes ao invés de experiência. Rxperiência de culpa. No máximo, experiência reflexiva, mera retórica de palavras. Mas e o que ele vê? É pior? E o calor do dia, a luminosidade, a textura do ar e tudo o que atravessa seu corpo? De que modo é a experiência das pessoas que passam e vêem esse tal dia bonito? Por que valorar a experiência de ver um dia bonito como sendo melhor do que a de um cego? E "ver um dia bonito" não é tão generalista quanto "ser um cego"? O que é "ver um dia bonito"? Ver um dia bonito composto por "andar olhando andando pro chão", "andar de salto alto, óculos escuros, todo encasacado, perfume, maquiagem, depilada", "beber café", "fumar", "olhar pruma tela 8h por dia", "ajudar um cego na rua". Ainda é um dia bonito? E pode ser.
acho que a publicidade produz experiência. Tem que produzir experiência, senão não vende. E às vezes tem que produzir uma experiência em apenas 30 segundos, tem que ser eficiente. Engraçado, não penso na experiência da culpa neste filme, penso na idéia de experiência em si e em percepção. Acho que as pessoas dão dinheiro pq na verdade a frase que é escrita + o contexto do cego que teria escrito faz as pessoas se darem conta da beleza do dia, de serem capazes de ter novamente uma experiência que talvez estivesse perdida para elas. E por isso ficam gratas a ele e dão dinheiro,...
polemizando: eles dão dinheiro porque é um filme ficcional. Tem um roteiro que diz que no fim as pessoas (tão ficcionais quanto) deverão colocar dinheiro após a troca da mensagem. Digo ficcionais, porém, ditas "reais". rs
publicitário, mas interessante. Faz pensar nas palavras enquanto gesto...
ResponderExcluirPublicitario pq pensa palavra como gesto eficiente para produzir determinada ação que fecha tudo: invisto dinheiro para me desinvestir de um encontro possível. Por que a propaganda tem que ser no sentido negativo: "O dia bonito que eu NÃO vejo". Gesto que produz culpa nos passantes ao invés de experiência. Rxperiência de culpa. No máximo, experiência reflexiva, mera retórica de palavras. Mas e o que ele vê? É pior? E o calor do dia, a luminosidade, a textura do ar e tudo o que atravessa seu corpo? De que modo é a experiência das pessoas que passam e vêem esse tal dia bonito? Por que valorar a experiência de ver um dia bonito como sendo melhor do que a de um cego? E "ver um dia bonito" não é tão generalista quanto "ser um cego"? O que é "ver um dia bonito"? Ver um dia bonito composto por "andar olhando andando pro chão", "andar de salto alto, óculos escuros, todo encasacado, perfume, maquiagem, depilada", "beber café", "fumar", "olhar pruma tela 8h por dia", "ajudar um cego na rua". Ainda é um dia bonito? E pode ser.
ResponderExcluiracho que a publicidade produz experiência. Tem que produzir experiência, senão não vende. E às vezes tem que produzir uma experiência em apenas 30 segundos, tem que ser eficiente. Engraçado, não penso na experiência da culpa neste filme, penso na idéia de experiência em si e em percepção. Acho que as pessoas dão dinheiro pq na verdade a frase que é escrita + o contexto do cego que teria escrito faz as pessoas se darem conta da beleza do dia, de serem capazes de ter novamente uma experiência que talvez estivesse perdida para elas. E por isso ficam gratas a ele e dão dinheiro,...
ResponderExcluirpolemizando: eles dão dinheiro porque é um filme ficcional. Tem um roteiro que diz que no fim as pessoas (tão ficcionais quanto) deverão colocar dinheiro após a troca da mensagem. Digo ficcionais, porém, ditas "reais".
ResponderExcluirrs